Termos tóxicos em jogos e o porquê evitar
Em qualquer jogo temos um objetivo em comum: a vitória. Seja na missão concluída, no inimigo derrotado, na princesa salva. Enfim, o objetivo é vencer o desafio que nos é imposto. Como jogadores, acabamos criando gírias que traduzem nossos sentimentos em relação a um oponente muito forte, em relação ao RNG e tantos outros. No artigo de hoje falamos sobre maneiras de falar, que não são gírias, mas sim termos muitos tóxicos e ofensivos de se expressar nos jogos.
Expressões usadas e o motivo de não usá-las
Expressões como: “esse deck é câncer”, que se refere de forma infeliz a um deck forte e difícil de ser vencido, deve ser repensada justamente por haver diversas pessoas que sofrem, todos os dias com essa doença e muitas delas jogam a fim de espairecer e esquecer o problema que enfrentam. Porque não substituir este termo por algo como: “esse deck é forte, perigoso, difícil.”
“Eu estuprei o oponente”: meus amigos, este termo nem deveria ser usado para designar nada além do que ele realmente represente – o abuso de pessoas – e nada além do que isso. Pessoas estupradas sofrem, sentem traumas e dores que podem perdurar a vida inteira! Usar algo tão pesado assim para um game que só pretende trazer diversão é no mínimo pouco empático e cruel. Porque não substituir por: “Venci meu oponente com facilidade, venci ‘facinho’, dei um baile no meu oponente.” Existem inúmeras formas de brincar e demonstrar a alegria de uma vitória.
“Esse deck é de retardado/deck de autista”: Primeiro que se você precisa ofender alguém ou usar de um problema para justificar uma possível derrota sua eu recomendo que repense o que esta fazendo no jogo e repense a si mesmo. Vencer e perder fazem parte da vida e ambos vão acontecer querendo você ou não. O autismo é um problema psiquiátrico que pode ser cuidado e controlado e não há demérito nenhum nisso, conheço pessoas que tem o espectro autista e são verdadeiros gênios, e merecem ser respeitados.
Segundo, é importante colocar que não existe deck de “retardado”. As cartas estão ai para serem usadas, jogadas. E lá vai mais uma dica da Sif: deck bom não é só aquele que você gosta.
Porque não substituir estes termos por: “Esse deck é sem noção, é ruim, é um deck nada a ver”.
Uso de ofensas homofóbicas, machistas, racistas, gordofóbicas etc: Ofender uma pessoa não te torna um jogador melhor, achar que por ser mulher joga mal, merece ser diminuída não te torna um jogador melhor. Julgar e descriminar a orientação sexual de alguém não te torna um jogador melhor. O que pode te tornar um jogador melhor é treino, leitura, estudo de decks, tentativas, torneios, conselhos dos mais experientes, enfim, a comunidade em si pode te tornar um jogador melhor e não há termo que possa substituir nada disso além de sua consciência em não ser uma pessoa tóxica para o seu bem e da sociedade.
Repensando seus atos
Sei que existem diversas outras ofensas que muitos jogadores, infelizmente, costumam usar com a intenção de ofender seu oponente e justificar o injustificável. Mas aqui recomendo um exercício de consciência: a cada ofensa que pensar em usar contra alguém pare e pense se isto realmente é o certo e procure dentro de si um substituto para aquilo. Se sua intenção era falar que foi tranquilo, muito fácil, vencer seu adversário substitua a ofensa por uma piada, por algo que seja divertido. Repense seus hábitos. Esse exercício fara bem para você in game e fora dele. Depois nos conte como foi!