Games como ferramenta de inclusão social

Segundo o dicionário, inclusão é “integração absoluta de pessoas que possuem necessidades especiais ou específicas numa sociedade”. Nesse contexto todos os meios sociais devem promover acessibilidade, inclusão e toda forma de integração de indivíduos, independente de suas características físicas, orientação sexual, religião e etc.

Dentro de um dos mercados que a cada dia ganha mais força, como o dos games, não seria diferente. Hoje, no Divas de Eluna, abordaremos um pouco sobre esse assunto e seu impacto dentro da sociedade e da industria de jogos.

As formas de representatividade

No Brasil, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pelo menos 6,2% da população possui algum tipo de deficiência. Nesse estudo, foram levadas em conta deficiência auditivas, físicas, visuais e intelectuais. Mas, na verdade, pensando em inclusão a questão é muito mais ampla! Temos que levar em consideração, também, aqueles que não tem acesso a tecnologia, as minorias, terceira idade, enfim, o leque acaba por ser bem maior do que o que vemos superficialmente.

Várias empresas, em suas propostas de jogos, tem procurado trazer, dia após dia, dinâmicas, de várias formas, para promover a inclusão.

Alguns exemplos, interessantes, demonstram que em diversas frentes a ideia de incluir, não apenas em pixels mas dentro da empresa, pode trazer novas formas de pensar, desafios e, por consequência angariar um publico que, em muitas situações, não se sente incluso e sim esquecido.

“Not So Super Mario”

Desenvolvedores israelenses produziram um vídeo com uma nova versão do jogo que inclui Mario como um cadeirante. “Not So Super Mario” foi criado com a intenção de sugerir um game que tivesse como tema a acessibilidade.

Programa interno de inclusão Blizzard

Sendo umas das companhias com muitos exemplos de inclusão, a Blizzard tem batalhado arduamente para ampliar a mensagem dentro e fora dos seus jogos. Dentre vários planos, a empresa tem se aliado a entidades como ‘Girls Who Code’ e outros grupos para incentivar mais garotas a se tornarem desenvolvedoras e especialistas em ciência da computação.

A companhia já tem reuniões mensais e aconselhamento em seus projetos feitos por um grupo de pessoas LGBT+. O resultado é uma maior diversidade nos personagens de jogos como Overwatch e no público em eventos como a BlizzCon.

JECRIPE

É um jogo desenvolvido especialmente para criança que tem Síndrome de Down. O foco são as crianças que estão em idade pré-escolar, de 03 a 07 anos. O objetivo é estimular habilidades cognitivas de crianças com a Síndrome de Down.
https://jecripe.wordpress.com/

“Blind Legend”

Criado na França por meio de crowdfunding (campanha de arrecadação pública), este é um game criado especialmente para cegos. Ele não tem nenhum gráfico e faz da audição o único jeito para se orientar pelo cenário imaginário. A história do jogo é sobre um cavaleiro que perde a visão e precisa libertar sua mulher de sequestradores.

“Dandara”

Em Dandara, a escrava que dá nome ao título lutava ao lado do Zumbi dos Palmares. E é através de sua história que se fala sobre representatividade e sobre culturas impostas sobre a nossa, a brasileira.

Diversão e videogames são sinônimos, então por que não ser um meio de aprendizado e expansão cultural e social também?

"Estranha de um jeito muito particular e criativo". Um meme em forma de jogadora de hearthstone e vice versa. Apaixonada por dois dragões: Draco Lazuli e Ysera. Também jogadora de RPG de mesa, jogos em consoles antigos e uma escritora que busca inovar todos os dias. Pela Aliança!